DEVOÇÃO À MISERICÓRDIA DIVINA


Diz à Humanidade sofredora que se aconchegue no Meu misericordioso Coração, e Eu a encherei de paz.
A Humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar, com confiança, para a Minha misericórdia
.

Estas palavras que nos indicam a ânsia fundamental de cada um de nós e a nossa profunda inquietação interior, foram pronunciadas por Nosso Senhor Jesus Cristo na aparição a Santa Maria Faustina Kowalska nos anos trinta do século passado. Hoje, após os estudos realizados pêlos teólogos e a canonização da Irmã Faustina, temos base para acreditar na veracidade da narração que ela nos deixou. A jovem freira, pouco conhecida em vida, mesmo no círculo da própria comunidade religiosa, e cujo nome e imagem, vinte anos após a sua morte, já percorreram o mundo, deixou escrito: "Sinto bem que a minha missão não termina com a morte, mas começará com ela. Ó almas incrédulas, eu vos descortinarei o véu dos Céus para vos convencer da bondade de Deus, para que não machuqueis mais com a dúvida o dulcíssimo Coração de Jesus. Deus é Amor e Misericórdia!"

Foi agradável ao Senhor revelar ao mundo, através dessa freira corajosa e muitas vezes heróica, novas formas de culto a Deus na sua Misericórdia. Este culto, implícito na Bíblia, em toda a doutrina cristã, na moral e liturgia da Igreja, já encontra uma celebração explícita que leva os fiéis ao conhecimento e à prática dele. Os Padres e os Doutores da igreja proclamam a Misericórdia Divina como o maior dos atributos divinos (Summa T. 11.11. 30, 4C "Máxima in Deo virtus").

Com efeito, trata-se aqui de reconhecer este atributo de Deus ao qual devemos principalmente a nossa redenção, e nele reconhecer também a síntese de todo o cristianismo.